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Jesus e a Viagem Astral: Uma Visão Espiritual Profunda

A figura de Jesus Cristo atravessa milênios como o maior símbolo de amor, sabedoria e transcendência espiritual da história humana. Ao longo dos séculos, diversos estudiosos, espiritualistas, teólogos e místicos buscaram compreender a profundidade de seus ensinamentos e os fenômenos que o cercaram. Dentro dessa busca, uma pergunta singular emerge: “Jesus praticava viagem astral?”

Ainda que a Bíblia não utilize esse termo moderno, encontramos nos textos sagrados diversos relatos que podem ser interpretados como experiências de consciência expandida, desdobramentos espirituais e vivências em outras dimensões da realidade. Neste artigo, exploramos essas passagens à luz do conhecimento espiritual contemporâneo, cruzando a sabedoria bíblica com abordagens de autores como Chico Xavier, Wagner Borges e Mônica de Medeiros, trazendo à tona uma reflexão mais ampla e interdimensional.

O que é Viagem Astral?

A viagem astral é a experiência de projeção da consciência para fora do corpo físico, geralmente durante o sono ou estados meditativos. Nela, o “espírito” ou “corpo astral” da pessoa se desprende do corpo físico, mantendo a percepção e a identidade, podendo explorar outras dimensões da realidade, muitas vezes invisíveis ao olho humano.

No espiritismo, na projeciologia, no esoterismo e em diversas tradições orientais, essa experiência é compreendida como natural e acessível ao ser humano, especialmente quando este alcança estados mais elevados de consciência.

Jesus falava sobre outras realidades?

Sim. Jesus era um profundo conhecedor das realidades espirituais. Repetidas vezes, ele falava de um “Reino que não é deste mundo” (João 18:36), aludindo a planos superiores, onde vigora uma ordem espiritual muito mais elevada que a terrena.

Ele também dizia: “Na casa de meu Pai há muitas moradas” (João 14:2), o que muitos interpretam como uma referência direta à existência de múltiplas dimensões ou planos de existência, exatamente como sugerido pelas doutrinas modernas sobre viagem astral e cosmologia espiritual.

Passagens bíblicas que remetem à viagem astral

Embora a Bíblia não descreva explicitamente a viagem astral, diversas passagens sugerem experiências que se alinham com o fenômeno de desdobramento da consciência.

1. A Transfiguração (Mateus 17:1-9; Marcos 9:2-10; Lucas 9:28-36)

Jesus sobe ao monte com Pedro, Tiago e João. Lá, ele é transfigurado: seu rosto resplandece como o sol e suas vestes se tornam brancas como a luz. Moisés e Elias aparecem e falam com ele.

Interpretação espiritualista: Essa passagem é uma manifestação clara de acesso a uma dimensão superior. O encontro com Moisés e Elias, já falecidos, ocorre em um estado alterado de consciência, testemunhado também pelos discípulos. Pode ser compreendido como uma experiência multidimensional ou um encontro em um plano espiritual elevado.

2. Jesus andando sobre as águas (Mateus 14:22-33)

Durante a madrugada, após ter passado um tempo em oração, Jesus vai ao encontro dos discípulos andando sobre o mar.

Interpretação esotérica: Atravessar a superfície da água sem submergir pode simbolizar o desprendimento do corpo físico e o uso de um corpo espiritual sutil. É um dos muitos eventos que indicam que Jesus dominava as leis da matéria e podia atuar em frequências diferentes da realidade comum.

3. As aparições após a ressurreição (João 20; Lucas 24)

Após a crucificação, Jesus aparece em diferentes momentos para os discípulos, em lugares distintos, muitas vezes atravessando portas trancadas e sumindo de forma repentina.

Interpretação espiritualista: Essas aparições são compatíveis com o conceito de projeção espiritual ou bilocação. Jesus, em seu corpo glorificado, age com total liberdade entre as dimensões. Ele se manifesta onde quer, quando quer, e interage com os vivos com plena consciência.

O que dizem os autores espiritualistas?

Autores espiritualistas também oferecem interpretações reveladoras. Para Chico Xavier, Jesus é o “espírito mais puro que pisou sobre a Terra”. Nas obras psicografadas, especialmente nas séries de André Luiz, fica claro que os espíritos mais evoluídos têm controle total sobre seus corpos espirituais, podendo projetar-se com consciência plena. Embora Chico nunca tenha dito literalmente que Jesus praticava viagem astral, a descrição de suas habilidades é totalmente compatível.

O projetor e pesquisador espiritual Wagner Borges costuma se referir a Jesus como o “projetor espiritual máximo”. Para ele, Jesus não apenas tinha total consciência durante suas viagens espirituais, como também atuava ao mesmo tempo em diversos planos dimensionais. Borges relata em seus livros e palestras encontros espirituais onde seres de luz relatam a presença constante e ativa de Jesus nos planos sutis. Ele sugere que Jesus, em estado de consciência crística, pode manifestar-se em múltiplas dimensões simultaneamente, algo comum entre os seres plenamente despertos.

Wagner também destaca que Jesus não só dominava o processo de desdobramento espiritual, como usava esse domínio para atuar diretamente em missões de cura, orientação e amparo nos planos invisíveis. Isso é especialmente relevante quando analisamos os episódios em que Jesus aparece subitamente aos discípulos ou realiza curas à distância — ações que evidenciam uma consciência multidimensional ativa.

A médica espiritualista Mônica de Medeiros, fundadora da Casa do Consolador, traz uma visão profundamente amorosa e espiritual da figura de Jesus. Para ela, a verdadeira cura começa na alma, e a presença de Jesus representa o arquétipo mais elevado dessa cura interior. Mônica ensina que todos somos espíritos em missão de aprendizado e evolução, e que Jesus, como consciência crística, representa o exemplo mais claro daquilo que podemos nos tornar quando vivemos em sintonia com a essência divina.

Em suas palestras e comunicações mediúnicas, Mônica relata que Jesus continua atuando nos bastidores da vida, amparando almas nos momentos de transição e inspirando trabalhadores espirituais. Sua atuação é sutil, mas constante, e vai muito além da esfera religiosa. Ele é uma presença interdimensional, um guia silencioso que nos convida a expandir a consciência e a vibrar em amor.

A visão de Paulo: “Sei de um homem…”

O apóstolo Paulo descreve, em 2 Coríntios 12:2-4:

“Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (…); se no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E ouviu palavras inefáveis que ao homem não é lícito falar.”

Essa descrição de Paulo é, para muitos estudiosos, o mais claro relato de uma viagem astral na Bíblia. E se um apóstolo teve essa experiência, por que não o próprio Cristo, o Mestre?

Jesus como Consciência Multidimensional

Se considerarmos que Jesus é um ser de altíssima evolução espiritual, fica evidente que ele tinha pleno controle sobre os planos físico, emocional, mental e espiritual. Ele não apenas fazia viagens astrais, mas vivia simultaneamente em diversos níveis de realidade.

Sua missão não era apenas ensinar amor, mas mostrar na prática como a consciência pode transcender os limites do corpo, do tempo e do espaço.

Conclusão: O Mestre dos Mundos

Jesus não é apenas uma figura histórica. Ele é uma consciência viva, que habita as mais altas esferas da existência e que se manifestou na Terra como exemplo de perfeição e amor incondicional. Embora a Bíblia não traga o termo “viagem astral”, as evidências simbólicas e espirituais apontam que Jesus dominava os planos invisíveis da realidade, atuando como um verdadeiro Mestre interdimensional.

Compreender Jesus à luz da viagem astral é abrir os olhos da alma para uma nova forma de espiritualidade: mais livre, mais elevada e profundamente conectada com os mistérios do Universo.

Um convite à experiência espiritual

Seja em sonhos, meditações ou projeções conscientes, talvez o verdadeiro convite de Jesus ainda ecoe: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Talvez esse “vir” seja também uma jornada interior, uma ascensão da alma para reencontrar sua origem divina.

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